sexta-feira, 8 de julho de 2011

O PREÇO DE DEIXAR PARA DEPOIS

“Daqui a um ano você vai desejar ter começado hoje.” (Karen Lumb)

Essa é uma das mais poderosas frases que li nos últimos meses. É muito comum ouvir “ah, se eu tivesse começado antes” ou “se eu pudesse voltar no tempo…”. Bem, você não pode, mas pode parar de procrastinar e começar a fazer agora o que sempre quis. Ou se arrepender amanhã, daqui um ano ou dez.

Eu estou sempre procurando maneiras de melhorar a minha vida, estar sempre aprendendo e progredindo. Mas isso requer uma grande habilidade de começar coisas, e começar é difícil pra caramba! Somos mestres em desculpas e nos acomodamos tão facilmente que acrescentar algo novo à rotina requer quase uma disciplina ninja. O último livro Seth Godin faz um ótimo trabalho nesse sentido. Vá em frente! Dê a cara a tapa! É normal ter medo, fracassar faz parte, mas se você continuar fazendo isso, um dia chegará lá.

Um artifício que uso pra avaliar o que devo começar agora e o que deixar pra depois é se, daqui a um ano, estarei arrependido se não o fizer. Suzy Welch criou um ótimo método que batizou de 10-10-10, o qual ajuda na tomada de decisão ao responder: qual o impacto que isso terá na minha vida em 10 dias, 10 meses e 10 anos. Certamente, há mais coisas que você quer e precisa fazer do que consegue fazer. O tempo é curto e o mercado não espera ninguém. Então, é preciso definir prioridades, algumas são mais urgentes do que outras, algumas são mais difíceis outras mais fáceis, algumas são mais longas enquanto outras podem ser feitas rapidamente. Priorize! Mas o que eu realmente quero enfatizar aqui é: faça o que você tem vontade! Faça o que sua intuição diz para você fazer, sem medo. A pior coisa que se pode fazer é não fazer nada. Aliás, não fazer nada é uma decisão — a pior de todas.  Tudo bem em pegar leve depois de terminar a faculdade ou deixar um cargo estressante, afinal você vai precisar de energia para fazer as coisas com entusiasmo, mas faça como os atletas; pare o suficiente para recuperar o fôlego e dar o seu melhor. Em outras palavras, passe muito mais tempo dando duro do que pegando leve. Eu costumo dizer que eu não sofro de preguiça, mas de inércia. Quanto mais tempo fico sem fazer nada, mais eu quero ficar. Se me mantenho ativo, é muito mais fácil manter o ritmo. 

Colocar os planos em ação pode ser complicado porque envolve riscos. Geralmente tem muita coisa em jogo, desde uma dificuldade financeira até vínculos emocionais a um lugar ou pessoas. Se começar tem um preço a ser pago, não fazer nada também tem e esse é muito mais pesado do que a maioria das pessoas conseguem pagar. Como em um investimento, o preço final costuma ser maior que o inicial. Você já deve ter escutado essa frase: “se arrependa do que faz, não do que não faz”. Isso porque não há como se livrar do peso da dúvida: será que a minha vida seria melhor se eu tivesse tomado aquela decisão? Por outro lado, quando você faz e se dá mal, só lhe resta aprender a lição e seguir em frente.

Ficar no sofá de casa nunca rendeu a ninguém um bom emprego ou um casamento feliz. Tanto no contexto profissional quanto pessoal, a vida parece recompensar aqueles que estão sempre progredindo e colocando seus planos em ação. Ou seja, começando, fazendo coisas novas. A velha briga do retorno a curto e longo prazo: deixar algo para depois, pode significar HOJE tempo livre, economia, conforto; mas o real preço a ser pago AMANHÃ pode ser mediocridade, estresse, arrependimento. Pare e pense: o preço que você terá que arcar no futuro irá compensar o fato de não ter feito nada (que gostaria) hoje?

Autor: Sylvio Ribeiro
Fonte: Pequenoguru.com.br